O site de empregos vagas.com realizou pesquisa neste mês de junho com o objetivo de captar as perspectivas de jovens entre 14 e 30 anos, que nunca trabalharam e buscam oportunidades ou que estão em seu primeiro emprego. A pesquisa foi realizada no período de 3 a 10 de abril deste ano, por email, com base nos currículos cadastrados no portal de carreiras do Site. O total de respondentes foi de 682, em sua maioria mulheres (64%), com idade média de 20 anos, solteiros (97%), cursando faculdade (52%) e morando com os pais/parentes (89%). Seis em cada 10 jovens procuram profissões tradicionais.
O desemprego está mostrando algumas características no mercado de trabalho para os jovens. A pesquisa revelou que 59% dos jovens imaginam estar trabalhando, daqui a cinco anos, em profissões tradicionais, a exemplo de direito, medicina e odontologia. Somente para 29% dos jovens pesquisados pensam em trabalhar nas “profissões de futuro”, como desenvolvedor mobile ou brand digital, e 12% não sabem ou apontam outros tipos de carreira, como militar e turismo. Ou seja, a crise está mostrando que o desemprego está impactando nas opções de emprego para os jovens, onde a opção de garantia de emprego nas profissões tradicionais é mais importante do que optar por novas profissões nesse momento. Os chamados millennials estão mais conservadores e menos propensos a mudanças. Isso foi uma das revelações que a pesquisa do Vagas.com mostrou.
Outro fator importante identificado foi que os jovens millennials dão mais valor que seus pais ao diálogo com todas as hierarquias da empresa (45% x 19%), valores da empresa (50% x 33% ), promoção de cargos (45% x 29%), bônus (23% x 13%), benefícios (60% x 52%), plano de carreira (68% x 51%), e tempo de permanência na mesma empresa (45% x 39%). A pesquisa mostrou que houve “empate técnico” em outros assuntos, como estabilidade financeira (69%), salário (61% x 58%) e ambiente de trabalho tradicional (17% x 15%). Os dados da pesquisa comprovaram uma mudança de comportamento e pensamento dessa nova geração, sempre marcada pelo baixo tempo de permanência em uma empresa e sem muita preocupação com a carreira. Os dados da Vagas.com apontaram uma nova marca que até agora não havia sido revelada, ou seja, que esses jovens estão preocupados com o desemprego e mais interessados em assuntos que tradicionalmente eram ligados aos pais, como plano de carreira e tempo na empresa. A crise pode estar revelando novos valores dessa nova geração.
Sobre os setores mais desejados para trabalhar, a pesquisa revelou que os jovens almejam trabalhar em bancos (54%), roupas, calçados e acessórios (32%), lazer e eventos (28%), telecomunicações (28%), TI (27%), saúde (25%), serviços financeiros (25%), indústria de alimentos (19%), hotelaria e restaurantes (19%) e setor de educação (18%). Além dessas informações, os jovens sentem atração pelo trabalho em multinacionais (75%), seguido por médias empresas (67%), pequenas empresas (41%), microempresas (23%) e startups e fintechs (15%).
Outra revelação da pesquisa foi que os jovens consideram que ter a qualificação esperada pelas empresas é o maior desafio para eles (61%), cerca de 45% dos pesquisados consideram concorrer com outros candidatos um desafio importante, assim como estar preparado para entrevistas aparece como um dos principais desafios (40%). Também apresentaram como desafios, preparar o currículo (23%), seguido por ter clareza no que está buscando e fazer contato com profissionais para sondagens (19%), estar animado, motivado e confiante representa 18% e outras menções, 2%.
O desemprego entre os jovens é preocupante. Três em cada quatro jovens (76%) disseram que não receberam proposta de emprego nos últimos três meses. Entre as dificuldades apontadas para conseguir um trabalho, 67% disseram que não possuem a experiência profissional exigida. Para 30%, a existência de muitos candidatos por vaga é grande dificuldade. Um agravante, em 21% das situações, não há vagas com o perfil solicitado. Como tem sido observado nos últimos anos, as empresas estão exigindo qualificações que os jovens não possuem (18% mencionaram isso na pesquisa).
A pesquisa da Vagas.com apresentou várias informações que mostram como a recessão está afetando o mercado de trabalho no Brasil, em especial para os jovens entre 14 e 30 anos. Os resultados divulgados são indicativos importantes para um país como o Brasil, que precisa da força jovem para impulsionar a produção e o crescimento da economia.
LEGISLATIVO
Finanças aprova isenção de imposto sobre importação de equipamentos de energia solar
A Comissão de Finanças e Tributação aprovou o Projeto de Lei 8322/14, do Senado, que isenta do imposto sobre importação os equipamentos e componentes de geração elétrica de fonte solar. Pela proposta, a isenção somente será aplicada quando não houver similar nacional.
“Em que pese a renúncia fiscal, há que se considerar que ocorrerá um barateamento no custo da energia elétrica e, em função disso, infere-se que ocorrerá um incremento no giro da atividade econômica e, consequentemente, elevação da arrecadação”, disse o relator da matéria, deputado Miro Teixeira (Rede-RJ). “Por essa razão, estamos considerando a proposição adequada orçamentária e financeiramente”, completou.
O parecer dele foi favorável ao texto original do PL 8322/14 e contrário aos projetos apensados (PLs 7186/14, 5539/13, 157/15 e 3542/15) e ao substitutivo da Comissão de Minas e Energia, que ampliou as isenções tributárias.
O substitutivo isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins um amplo conjunto de materiais utilizados na geração de energia solar.
Tramitação
A proposta será analisada agora, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da Proposta: PL-5539/2013, PL-7186/2014, PL-8322/2014, PL-157/2015, PL-3542/2015
Fonte: Câmara Notícias, 21.07.2017
Proposta amplia serviços prestados por cartório de registro civil
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6651/16, do deputado Julio Lopes (PP-RJ), que amplia os serviços prestados por cartórios de ofício de registro civil de pessoas naturais.
Pelo texto, esses órgãos são chamados de “ofícios da cidadania” e podem prestar serviços em convênio, credenciamento ou matrícula. Os cartórios de registro civil são responsáveis por atestar fatos da vida civil dos indivíduos como nascimento, casamento, divórcio ou morte
O objetivo é aproveitar a fé pública desses cartórios e a presença deles em várias localidades do País para ampliar a rede de atendimento das entidades parceiras ou conveniadas. O documento seguirá preferencialmente por meio eletrônico.
Segundo Lopes, a proposta vai ampliar a expansão de órgãos e entidades da administração pública, sem custos, pelo aproveitamento da capilaridade dos serviços do registro civil. “Os ofícios da cidadania constituem marco extraordinário de avanço rumo a eficiência, simplificação e desburocratização, aliando economia e ampliação de acesso aos cidadãos.”
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (inclusive quanto ao mérito).
Fonte: Câmara Notícias, 21.07.2017
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