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87% dos sergipanos começaram o ano endividados

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O ano de 2016 começou com um peso maior no orçamento das famílias sergipanas. De acordo com a Pesquisa de Endividamento, Intenção de Consumo e Confiança do Consumidor, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE), o número de sergipanos que admitiram estar com dívidas comprometendo o orçamento familiar em 2016, chegou a 87,1%, em janeiro.

Do total de endividados, 30,5% das famílias em todas as faixas salariais, admitiram estar com muitas dívidas comprometendo o orçamento de suas casas. Sendo que 26,9% se enquadram no patamar de renda mensal de até dois salários mínimos, 30,3% possuem renda familiar de dois a dez salários mínimos por mês e 32,1% das famílias que tem sua renda composta por mais de dez salários mínimos mensais.

O percentual das famílias que admitiram estar com volume intermediário de dívidas, compõe a maior parcela do total de endividados em Sergipe, 33,4%. Do total, 40,3% estão na faixa salarial de até dois salários mínimos mensais. 34,1% se enquadram na faixa de renda média, até dez salários e 17% das famílias com maior volume de renda mensal pesquisadas, declararam estar com nível médio de dívidas.

As famílias que têm pouca parte de sua renda mensal comprometida com dívidas são de 23,2% do total dos endividados de Sergipe. 21,3% recebem até dois salários mínimos mensais, 23,1% se encontram na faixa intermediária e 28,3% perfazem as famílias mais abastadas, com renda superior a 10 salários mínimos. O total percentual das famílias entrevistadas que negaram possuir qualquer dívida chegou ao volume de 12,2% e os que não souberam responder fecham o total famílias pesquisadas, com 0,7%. Foram ouvidos 1 mil representantes de famílias residentes no estado de Sergipe.

Contas em atraso

Dentre as famílias que assumiram ter algum tipo de dívidas, 33,4% declararam que estão com algum tipo de conta em atraso. 52,9% disseram não ter contas atrasadas e 0,8% não souberam responder se há alguma conta atrasada em casa. 12,2% negaram ter dívidas e 0,7% não responderam ao questionário aplicado pela Fecomércio.

Das famílias mais pobres, com renda mensal de até dois salários mínimos, 40,7% admitiram estar com contas atrasada em suas casas. O número baixa para 34,4% na faixa renda das famílias com até 10 salários mínimos mensais e diminui para 24,5% nas famílias com renda mais elevada, com mais de 10 salários mínimos por mês. 12,2% afirmaram que não possuem dívidas.

Vilão

O principal vilão que compromete a renda mensal das famílias sergipanas é o cartão de crédito. Do total de pesquisados, 67,1% informaram que suas maiores dívidas são com operadoras de cartões. 7,2% declararam possuir dívidas com bancos e financeiras por meio de operações de crédito pessoal; 6,7% informaram que devem a bancos por financiamentos automotivos; 5,9% possuem dívidas com bancos por operações de crédito consignado; 4,8% informaram que estão comprometidos com o pagamento de carnês diversos; 3% assumiram ter dívidas com bancos, por meio do cheque especial; 2,9% disseram ter dívidas com financiamento habitacional e 1,2% informaram dívidas de ordem de cheques pré-datados. 11,7% das famílias sergipanas pesquisadas afirmaram possuir dívidas de outros tipos, não especificadas, e 4,4% não souberam responder ou não responderam ao questionamento.

Tempo de atraso

O tempo médio de atraso das dívidas das famílias sergipanas, em todas as faixas salariais analisadas, é de 59,5 dias. A classe de renda mais baixa tem o maior período de atraso, com 63,7 dias, a classe média está com o período em 59,5 dias e as famílias de classe mais alta, possui tempo médio de dívidas em atraso de 52,6 dias. O tempo médio de comprometimento com as dívidas das famílias é de 6,7 meses. Para as famílias com renda de até dois salários mínimos, o período é de sete meses de comprometimento. Na classe média, o período cai para a média de 6,7 meses com parte da renda dedicada a pagamento de dívidas. Entre as famílias de classe mais alta, o tempo é maior, perfazendo 7,7 meses de período médio para quitação de dívidas.

O momento enfrentado pela população, com a economia instável tem feito os consumidores recuarem nas compras. No entanto, fica evidenciado o alto percentual de famílias endividadas e comprometimento de parte significativa da renda para o pagamento das mesmas, motivos que demonstram ainda mais a retração no poder de compra e estabilidade nos índices de contas em atraso e inadimplência. O presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, lamentou o momento difícil da economia, que influencia no crescimento do desemprego e, consequentemente, no aumento das dívidas das famílias.

“O endividamento das famílias é preocupante. Há dois anos não tínhamos um cenário tão difícil para as famílias de Sergipe. Hoje o desemprego está presente em vários lares da família sergipana, a inflação está diminuindo o poder de compra da população, provocando redução de consumo e priorização de pagamentos de dívidas. Quando o cenário econômico está ruim para as famílias e estas deixam de consumir, o círculo virtuoso da economia deixa de existir ou se reduz, e a recessão ocupa o espaço, é isso que está acontecendo”, disse Laércio Oliveira.

Renda comprometida

A parcela média da renda das famílias que admitiram estar com dívidas para honrar em Sergipe é de 39,8%. O comprometimento de até 10% da renda para dívidas é de 3,99%, entre as famílias pesquisadas. O número sobe para 17,77% quando o valor da renda comprometida aumenta para o volume percentual entre 11 a 30%. Aumenta ainda mais para 19,25% das famílias pesquisadas, quando a parcela comprometida se situa entre 31 e 50% do total da renda. Entretanto, o número que preocupa é que a grande maioria das famílias, 45,44% estão com mais de 50% de seu orçamento dedicado apenas para o pagamento das dívidas adquiridas. 13,55% não souberam informar ou não responderam o questionamento feito pela Fecomércio.

O momento enfrentado pela população, com a economia instável tem feito os consumidores recuarem nas compras. No entanto, fica evidenciado o alto percentual de famílias endividadas e comprometimento de parte significativa da renda para o pagamento das mesmas, motivos que demonstram ainda mais a retração no poder de compra e estabilidade nos índices de contas em atraso e inadimplência.

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