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Crise econômica leva consumidor sergipano a aumentar endividamento

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Os reflexos da crise econômica têm voltado a aparecer nas contas das famílias sergipanas, de acordo com pesquisa realizada pela Fecomércio Sergipe. Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) apontam o crescimento das dívidas dos sergipanos, mantendo a tendência de continuidade.

No comparativo dos números analisados em maio pela pesquisa da Fecomércio, em relação ao mês de março, o indicador de famílias que se enquadram em situação de endividamento subiu de 78.6% para 83.6%, mostrando o aumento de 6% dos sergipanos com situação de comprometimento com dívidas. De acordo com o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, o aumento das dívidas das famílias é preocupante para o mercado sergipano. Laércio aponta os problemas que influenciam no resultado analisado.

“Os resultados apresentados em maio, não alcançaram as expectativas e anseios de melhoria depositados na economia em março. Este é o reflexo do hiato político que vivenciamos com denúncias de corrupção, processo de impeachment e com o governo interino que assume a responsabilidade de consertar o eixo econômico e limpar atos de corrupção do país. O que poderíamos imaginar como um cenário positivo, apresenta-se para as famílias como um sentimento de frustração”, comentou.

Atraso nas contas e inadimplência

Com o advento do desemprego, que chega à escala de 11,2% da população, com 116 mil pessoas fora do mercado de trabalho, no primeiro trimestre do ano, a situação econômica das famílias tem piorado, o que levou ao aumento no percentual de famílias com contas em atraso. O número que era de 32,7% em março, subiu para 50,4% em maio, marcando a fragilidade das contas da casa dos sergipanos. Ou seja, mais da metade das famílias sergipanas estão com pendências no orçamento familiar, resultando em contas atrasadas.

Já as famílias que se encontram em situação de inadimplência em suas contas subiram de 11,3% em março, para 15,1% em maio. O resultado crescente no número de famílias endividadas é provocado por fatores como o comprometimento para honrar seus compromissos financeiros. O cartão de crédito continua sendo o principal gargalo nas contas dos sergipanos, sendo responsável por 69,2% do total das dívidas da população. As expectativas para os próximos meses não são as melhores para os consumidores de Sergipe.

Intenção de consumo imediata

Tanto o dia dos namorados, como o dia dos pais não contam com expectativa de aumento de consumo por parte das famílias. A intenção de consumo dos sergipanos é de maior para apenas 9% dos pesquisados. A intenção em equidade com o consumo atual para os próximos meses é estimada por 33,9%, e a grande maioria da população, 51,8% deverá diminuir sua intenção de consumo. Do total de entrevistados, 5,3% não souberam responder se irão comprar mais ou menos no comércio. O dado se torna preocupante para o presidente da Fecomércio, devido às dificuldades aplicadas às empresas, que são a principal fonte de emprego da população sergipana.

“O crescimento do endividamento familiar é preocupante para todo o ciclo econômico do estado. Pois, a população indica que irá diminuir o consumo, por causa das dívidas e dos problemas orçamentários em suas casas. Com a diminuição do consumo, o fluxo de receita das empresas retrai e isso agrava o quadro de desemprego, bem como a queda de arrecadação também piora. E isso tem sido uma constante na economia sergipana, o que tem afetado severamente o mercado nos últimos meses. Falta dinheiro circulando na economia, o que gera desemprego e fechamento de empresas”, disse Laércio Oliveira.

Comprometimento orçamentário

O aumento do endividamento dos sergipanos também provoca o aumento do prazo para pagamento das dívidas. O tempo que estava planejado ou comprometido para pagamento das dívidas aumentou em 30%, saindo de seis para oito meses. A parcela da renda comprometida com o pagamento das dívidas também aumentou, saindo de 42,2%, para 43,1% do total do orçamento familiar, para pagamento das dívidas contraídas.

 Pesquisa

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