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Sistema S administra recursos de forma caprichosa e com eficiência

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O Ciclo de Diálogos Empresariais, promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE), realizou mais uma ação, que contou com a participação de cerca de 100 pessoas, entre empresários, jornalistas, empreendedores e educadores, que dialogaram com o vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana.

O evento ocorrido no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Aracaju, aconteceu na segunda-feira (09) e foi marcado pela palestra e debate sobre o tema “Situação Política e Econômica do Brasil”. Adelmir Santana, palestrou por quase duas horas, debatendo em seguida com os participantes. Em sua explanação, Santana destacou a importância do gerenciamento de recursos do Sistema S e sua eficácia.

“O Sistema S administra seus recursos de forma caprichosa, com eficiência, responsabilidade e decência nos investimentos. Sou contra a retirada de recursos do Sistema S, porque querem penalizar o trabalho eficiente que desenvolvemos. Além disso, retirar os recursos do Sistema S é inconstitucional. Só podem fazer isso com uma alteração na Constituição. Não acredito que consigam aprovar uma PEC para fazer isso, pois o governo não tem força política para isso”, destacou Adelmir Santana.

O vice-presidente da CNC lembrou que a situação econômica do Brasil está controversa por causa do incentivo ao consumo excessivo com a oferta ampliada de crédito. O que provocou o grande endividamento das famílias brasileiras. Segundo ele, dados da CNC apontam que 86% das famílias do Brasil estão endividadas, sendo que muitas delas estão com compromissos impagáveis, devido ao excesso de crédito concedido pelo governo.

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“Houve o crescimento de vários setores em cima do crédito fácil e barato, o que provocou o grande endividamento das famílias brasileiras. Foi praticado o incentivo ao consumo e uso de crédito, sem que o povo brasileiro tivesse educação econômica e soubesse gerenciar melhor o seu crédito disponibilizado. Isso prejudicou a economia, levando à situação atual que vivemos. A redução de energia e combustíveis forçada, com preços artificiais estourou depois da eleição do ano passado. Para conter, praticaram a desoneração de vários setores importantes da economia, mas o que se viu não foi a redução de preços. Só fizeram prejudicar a previdência”, afirmou Adelmir Santana, em sua palestra.

O encilhamento da economia, provocado pela falta de preparo no uso do crédito, segundo Santana, foi um dos grandes fatores que hoje provocam a alta inadimplência da população. Adelmir disse que o comércio, a indústria e o todo o setor produtivo está perdendo força, devido à perda do poder de compra da população. Para ele, os resultados da economia atual, colocaram a perder todos os indicadores positivos dos últimos anos. Santana apresentou sugestões para evitar os problemas gerados pela crise.

“A sociedade precisa de uma reforma política, de uma reforma fiscal e tributária. Somente assim, poderemos conter a evasão de recursos e garantir a sobrevivência das empresas e dos empregos dos brasileiros. A população não aguenta sofrer com as perdas que está enfrentando, devido à falta de uma política direcionada ao incentivo à geração de empregos através do empreendedorismo”, comentou.

Política

O momento político do Brasil, segundo o vice-presidente da CNC, é completamente sem rumo. Segundo ele, foi vendida uma ilusão na campanha, com o suposto controle inflacionário, e otimismo na imagem de campanha. Para ele, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, se iniciou na própria campanha eleitoral do ano passado.

“As pedaladas fiscais foram julgadas pelo TCU e foram consideradas um erro. A proposta orçamentária para conter a crise estabelecida foi negativa. Isso foi um balde de água fria na população. Hoje o Brasil está com um déficit de 112 bilhões de reais. O clima atual é de desconfiança generalizada. E ainda virá por aí o julgamento das contas de campanha pelo TSE, o que pode agravar a situação, favorecendo um impeachment da presidente”, declarou.

Se considerar o índice do confiança avaliado em relação à economia do país, a situação está ainda pior, segundo Adelmir Santana. Ele lembrou que o índice de confiança já está bem abaixo da metade dos empresários pesquisados e destacou que o índice de aprovação do governo federal é de apenas 7 a 8%, na atualidade.

“Sem confiança, não se contrata, não se investe. O que se percebe é o grande volume de empresas fechando as portas. O índice de confiança que era mediano em setembro do ano passado, caiu drasticamente neste ano. O que mais se vê é desemprego e empresas fechando. Isso não é bom para ninguém, nem para o governo, nem para os empresários, muito menos para a população”.

Adelmir Santana explicou que a carga tributária brasileira é um dos principais vilões que impedem a contratação de trabalhadores. Segundo ele, a carga tributária é insensível e burocratizada, o que prejudica o recolhimento dos impostos e o desenvolvimento nacional. Santana defende a simplificação da carga tributária do Brasil, para que se diminuam custos e encontrem uma forma de ampliar a base de arrecadação, diluindo os custos do Estado brasileiro, que são muito altos para pouca eficácia.

“O país necessita de uma reforma tributária urgente. É preciso que se simplifique o Estado brasileiro, para acabar com a burocracia e melhorar o funcionamento do Estado. Gasta-se muitas horas de trabalho para atender as questões tributárias, o que prejudica. Também temos que melhorar as relações de trabalho, pois os encargos dificultam a contratação e manutenção dos trabalhadores”, concluiu.

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