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Setor de Serviços é o que mais cresce em geração de emprego em Sergipe em abril

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A situação de aumento nos níveis de desemprego, que no Brasil chega ao volume de 6.4% em todas as categorias abrangentes do mercado nacional, não se reflete em Sergipe. Pelo menos nas áreas setoriais de Comércio e Serviços. No estado, o volume de emprego apresentado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), analisado pela assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Sergipe (Fecomércio-SE), mostra um leve crescimento nos dois setores.

Com o saldo positivo de 212 vagas, o setor de Comércio começou a se recuperar das quedas recentes no número de postos de trabalho. Entretanto, o saldo positivo de abril ainda não foi suficiente para equilibrar o mercado de trabalho do setor, que mantém um resultado negativo de -367 profissionais no setor de vendas do varejo e atacado.

No acumulado deste ano, o setor de Comércio contratou 7.663 trabalhadores, todavia, demitiu 8.030 pessoas. O comércio varejista acumulou em 2015, 479 demissões, mas o atacadista contribuiu positivamente para a geração de empregos no estado, com o total de 112 admissões durante os quatro primeiros meses do ano. Em abril, o comércio varejista contratou 160 novos trabalhadores e o atacadista gerou 52 novos empregos.

Despontando como o setor que mais tem gerado empregos em Sergipe, o ramo de Serviços fechou o mês de abril com 284 novos postos de trabalho. Do total, 129 foram geradas por empresas que trabalham com serviços terceirizáveis especializados. De janeiro a abril de 2015, foram contratados mais 756 trabalhadores, sendo 148 novos trabalhadores na área de terceirização. Já o ramo de Ensino mostrou também um grande fôlego, com contratação de 85 trabalhadores em abril, dando um saldo positivo de 778 trabalhadores contratados neste ano.

O presidente da Fecomércio-SE, Laércio Oliveira, lembra que há retração de vendas, mas que o cenário está ficando equilibrado. “Em Sergipe o setor do comércio varejista tem apresentado redução significativa no fechamento de postos de trabalho. O volume de vendas do comércio, até então, tem apresentado equilíbrio, mas alguns segmentos, porém, com retração de vendas. Estamos atentos e acompanhando o setor”, comentou.

A trajetória do setor de Serviços em Sergipe mantém-se equilibrada, mesmo com a queda de vagas em março, que registrou -88 trabalhadores no segmento. Considerando o volume acumulado no ano, março foi um mês atípico, sendo recuperado rapidamente em abril, com as novas 284 vagas ocupadas por trabalhadores nas empresas que compõem o setor.

Mesmo com a retomada do crescimento do volume de emprego no setor de Comércio e Serviços, os números do mercado de trabalho em Sergipe não são animadores. No primeiro quadrimestre deste ano, temos uma situação preocupante para o Estado, em especial com relação à Indústria de Transformação, que está passando por dificuldades, como em todo Brasil, refletindo na demissão de trabalhadores.

A Indústria registrou uma queda drástica de 391 postos de trabalho em abril. O número chama atenção, pois havia registrado crescimento no início do ano. Ainda há o resultado positivo de 229 novos trabalhadores, mas a queda de abril já é o reflexo dos problemas decorrentes da crise econômica. Os Serviços de Utilidade Pública mantêm um saldo positivo de 199 trabalhadores até no ano. A Construção Civil mantém a queda dos primeiros meses do ano, com o total de 295 postos a menos no mercado. Na Administração Pública, o acumulado do ano é de 88 postos desocupados e o setor de Agropecuária marca alarmantes -2.552 demissões. O período de entressafra de algumas culturas influencia diretamente no volume de demissões neste ano.

O estado de Sergipe apresenta um quadro preocupante em relação à geração de empregos neste primeiro quadrimestre de 2015. Considerando o comportamento da geração de empregos em todas as atividades produtivas, somente no mês de março/2015 o Estado apresentou saldo positivo (249), porém, no ano foram demitidos 2.139 trabalhadores.

Merece atenção o comportamento do emprego em alguns segmentos de atividade econômica importantes que estão apresentando trajetórias declinante na geração de empregos: segmentos da indústria (indústria de produtos alimentícios, a indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, a indústria química, a título de exemplos) e o comércio (varejista).

O nível de desemprego na indústria brasileira vem apresentando quedas significativas há alguns meses. Em Sergipe essa tendência tem se apresentado de forma real há meses, com menos intensidade, mas com desemprego significativo em alguns segmentos mencionados acima.

Para o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, as medidas protetivas para garantia dos empregos dos trabalhadores têm que ser tomadas e não vê ações objetivas do Governo Federal para estancar o sangramento no ciclo de geração de trabalho para população.

“A conjuntura atual merece atenção redobrada. No médio prazo, as condições da economia podem apresentar melhoria, em especial se o ajuste fiscal do governo federal for aprovado e suas ações serem efetivamente realizadas, refletindo em uma acomodação do mercado. Isso, porém, não é tudo. O governo federal precisa apontar um projeto de desenvolvimento para o país, o ajuste fiscal em si não garante a retomada do crescimento da economia se não vier acompanhado de medidas que estimulem o setor privado a continuar investindo”, lamentou o presidente.

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